Álcool na Adolescência: Como lidar com isso?

Álcool na Adolescência: Como lidar com isso?

O uso indiscriminado de álcool por adolescentes em festas e baladas tem aumentado de forma preocupante em nosso país, levando muitos pais a perder noites de sono na espera de seus entes queridos.

Esse consumo desenfreado leva ainda a outras práticas, como o uso de álcool pelas vias anal e vaginal, quando a bebida pode ser inserida nestes orifícios com a ajuda de absorventes internos, seringas e outros objetos.

Contudo, especialistas alertam que esta prática é de altíssimo risco

De acordo com os médicos consultados, as mucosas anal e vaginal têm alto poder de absorção e, por isso, os efeitos vão além dos efeitos de uma ingestão por via oral, podendo inclusive gerar infecções generalizadas.

Segundo a Dra. Zila Van Der Meer Sanchez, pesquisadora do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID), da Unifesp, os adolescentes que chegam aos prontos-socorros alcoolizados usam menos destas práticas no Brasil do que em outros países, apesar de casos terem sido registrados.

Com tal prática se busca novas experiências com o uso de drogas lícitas e também burlar a chamada “Lei Seca”, onde o consumo da bebida alcoólica não é detectado pelo bafômetro.

Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, dirigir sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine dependência pode gerar multa e também a prisão em flagrante, dependendo da quantidade.

Sendo assim, é importante ressaltar que, mesmo sem a detecção pelo bafômetro, o mero estado de embriaguez (causado, muitas vezes, por outras substancias psicoativas) já pode gerar a pena de multa trazida pela lei. Bem como, no caso de suspeita, o usuário poderá se submeter a exames de sangue ou clínico, quando também as penas criminais serão impostas.

Diante deste cenário, é cada vez mais importante e urgente que as famílias, ao se deparar com o uso frequente de álcool e outras substâncias, busque imediatamente o tratamento adequado, a fim de que evitem em seus lares as tragédias com que nos acostumamos a acompanhar quase que diariamente.

como lidar com isso?

Orientações na prática

Listo, a seguir, nove recomendações para um bom aconselhamento voltado à prevenção no uso de álcool e outras drogas na adolescência. Lembre-se de que álcool é droga também — e cerveja tem álcool.

  1. Pais, estejam sempre ao lado dos filhos. Isso vai levá-los a escutar vocês.
  2. Os filhos se espelham no comportamento dos pais. Reflita sobre a oferta de bebidas que você disponibiliza nas festas e encontros em família.
  3. Discuta os assuntos em família. Aproveite filmes, novelas, notícias de jornal e leituras para falar sobre a prevenção ao uso de drogas. Aquele sermão caso o filho chegue embriagado(a) de uma festa pouco adianta.
  4. Não queira de imediato fazer a dosagem de drogas em seu filho. Muito melhor é gastar esse tempo em conversa e prevenção.
  5. Traga os amigos dos seus filhos para dentro de sua casa.
  6. Anote o que discutiu com eles para que você possa retomar o aconselhamento num bate-papo próximo e, assim, aprofundar o compartilhamento de informações e reflexões com a família.
  7. Não importa a idade do seu filho ou filha. O aconselhamento se inicia ainda no útero. Se a mãe fuma ou o pai bebe em excesso, por exemplo, não há tempo a perder para rever esses hábitos e proteger a família.
  8. Doenças como a dependência química podem ter aspecto genético. Então vale investigar os antecedentes familiares. Se há alcoolistas na família, não se deve ter bebida em casa. Em caso de pessoas com problemas psiquiátricos, saiba que o uso de maconha pode antecipar e potencializar alguns transtornos.
  9. Seja amoroso e insistente nas questões e conversas sobre drogas. Nunca sabemos qual o ponto que vai pegar e fazer cair a ficha do seu filho. Minha experiência mostra, ainda, que a criança é um excelente veículo para tratar a dependência dos pais. Perguntei a um avô certa vez porque ele havia parado de fumar aos 70 anos. E ele respondeu que eu havia dado um livrinho para o seu neto sobre o malefício do cigarro. Toda vez que ele acendia um cigarro, seu neto o fazia ler o livreto. De tanto ler, uma hora resolveu parar de fumar.

 Quem ama nunca desiste!

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